Efeitos do estresse em cães e gatos
- ejav-usp
- 20 de out. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de dez. de 2024

Cães
Assim como para seres humanos o estresse em cães pode ser algo fisiológico e evolutivo que está associado a sobrevivência, onde há liberação de adrenalina, que aumenta as frequências cardíaca e respiratória, deixando o corpo em estado de alerta. Juntas, essas reações têm o objetivo de estimular a fuga ou o ataque, o que é bom para quem se vê ameaçado por um predador. Mas o estresse também pode ser algo que faz mal à saúde e levar a problemas mais sérios, como o estresse crônico.
Diferente dos seres humanos que podem lidar melhor com os problemas de estresse através de terapia, comunicação e atividades, os cães não tem essa opção e isso pode ser prejudicial à saúde do animal já que além de reduzir o bem-estar do seu bichinho, ele também está associado à diminuição da imunidade e a outros problemas graves como taquicardia e aumento da pressão arterial.
Mas como descobrir se seu animal está estressado?
No caso dos cães alguns sintomas são recorrentes:
Latidos excessivos;
Hiperventilação;
Comportamento destrutivo;
Lambedura das patas;
Queda de pelos,
Falta de apetite.
Notados esses sintomas, o mais recomendável é levar o animal para um especialista
que vai auxiliar na procura da fonte primária do estresse. É comum que o estresse em cães esteja associado com o tédio frequente, que evolui para quadros de ansiedade/estresse. Isso pode levar a comportamentos repetitivos e violentos.
Como evitar o estresse em cães?
Criar uma rotina para o seu amigo é essencial, e segui-la à risca evita que ele fique
estressado. Brincadeira, passeios e criar um ambiente rico também são formas de deixar seu bicho mais feliz e distraído. Não se esqueça que cães podem criar dependência em seus donos e portanto não devem ficar muito tempo sozinhos.
Cuidar e levar a sério essas medidas vai evitar que seu amigo fique estressado e triste!
Gatos
Nossos queridos bichanos, como qualquer outro pet, precisam ser tratados de forma
cuidadosa e cautelosa, uma vez que não possuem uma grande adaptação para novidades ou mudanças em sua rotina e necessitam de um ambiente adequado para que o seu bem-estar seja favorecido.
Desse modo, situações como inserção de um novo pet no espaço, troca de alimento,
ectoparasitas presentes no corpo, mudança de móveis do lugar, barulhos excessivos e odores fortes podem ser algumas das causas para que o nível de estresse dos gatos seja aumentado.
Como consequência, podemos observar algumas alterações comportamentais e até
fisiológicas, como:
Modificação no apetite;
Vocalização excessiva;
Lambeduras em excesso (o que em muitos casos pode resultar em uma grande área com perda de pelos e estabelecimento de feridas);
Comportamentos repetitivos e compulsivos (como roer, mastigar e correr atrás do rabo);
Micção e defecação fora da caixinha de areia;
Constipação e diarreia;
Vômitos;
Problemas de pele e coceira;
Deficiência imunológica, a qual pode permitir a ocorrência de infecções;
Entre outros.
No entanto, algumas atitudes podem ser tomadas para que o estresse felino seja
prevenido, Como:
Submissão de filhotes a contextos diferentes (como transporte, viagens e consultas ao veterinário), de modo a torná-los mais flexíveis a mudanças durante a vida adulta;
Aumento do enriquecimento ambiental, a partir do oferecimento de brinquedos e arranhadores que estimulam os instintos naturais dos gatos, além de oferecer lugares altos para que o animal possa se alojar e se deslocar;
Presença de rotas de fugas caso o gato compartilhe o mesmo ambiente com outro animal;
Consultas de rotina frequentes com um médico veterinário.
Portanto, caso suspeite que o seu gatinho esteja manifestando sinais relacionados ao
estresse, procure um veterinário o quanto antes para que este possa identificar as causas desse quadro e os possíveis tratamentos recomendados para melhorar a qualidade de vida do animal.
Referências
PETZ. Gato estressado: o que fazer para tratar e prevenir o problema. Petz, 2023. Disponível em: https://www.petz.com.br/blog/bem-estar/gato-estressado-o-que-fazer-para-tratar-e-prevenir-o-problema/#:~:text=%E2%80%9CPodem%20ocorrer%20tamb%C3%A9m%20dermatites%20e,a%20causa%20prim%C3%A1ria%20do%20estresse. Acesso em: 1 dez. 2024.
WELLFELIS. Como saber se meu gato pode estar sofrendo por estresse. Wellfelis, 2023. Disponível em: https://www.wellfelis.com.br/post/como-saber-se-meu-gato-pode-estar-sofrendo-por-estresse. Acesso em: 1 dez. 2024.
ROYAL CANIN. Is your cat stressed? Royal Canin, 2023. Disponível em: https://www.royalcanin.com/br/cats/health-and-wellbeing/is-your-cat-stressed. Acesso em: 1 dez. 2024.
VETQUALITY. Como reduzir o estresse do seu cachorro. VetQuality, 2023. Disponível em: https://www.vetquality.com.br/como-reduzir-o-estresse-do-seu-cachorro/. Acesso em: 1 dez. 2024.
PETZ. Cães estressados: como identificar e tratar o problema. Petz, 2023. Disponível em: https://www.petz.com.br/blog/bem-estar/caes-bem-estar/cachorro-estressado/amp/. Acesso em: 1 dez. 2024.
Parabéns pelo post EJAV, trouxe um tema importantíssimo de forma clara e com soluções para ajudar nós tutores!