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Raiva: o que devo saber?



No dia 31 de agosto confirmou-se na cidade de São Paulo o primeiro caso de raiva em cão desde 1983. Até então, não se tinha registros da doença na cidade graças ao esforço de saúde pública para a vacinação de cães e gatos nas antigas campanhas promovidas pela Prefeitura. O diagnóstico foi feito pelo Laboratório de Zoonoses Virais do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da FMVZ-USP. A Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) e a Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) da região já estão realizando o bloqueio de foco, que consiste em vacinar todos os cães e gatos da região em um foco de 500 metros a partir de onde o animal doente foi encontrado.

O vírus da raiva pode infectar diversas espécies de animais, como cães, gatos, cavalos e vacas, além do ser humano, e possui morcegos como reservatório. A principal forma de transmissão é por meio do contato com saliva infectada em ferimentos causados por mordedura. A transmissão para o ser humano e pets pode acontecer tanto pelo contato com morcegos infectados quanto por outros cães e gatos infectados pelo vírus.

A doença causa alterações neurológicas como mudança de comportamento e paralisia, além de dificuldade de deglutição e salivação excessiva. Apesar de ser altamente letal, tanto para seres humanos como para animais, há meios de prevenir a doença em humanos mesmo após ser mordido por um animal com suspeita de raiva, por meio da imunização pós-exposição. Os profissionais que lidam com animais devem receber também a vacina pré-exposição como parte da profilaxia contra raiva. Para os animais ainda não existe tratamento eficaz.

A melhor forma de prevenção é por meio da vacinação anual de cães e gatos a partir dos 3 meses de idade, que pode ser feita de forma gratuita em São Paulo nos Postos Permanentes na Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ). Além disso, recomenda-se evitar mexer em animais errantes com comportamento alterado e notificar imediatamente o DVZ caso encontre algum. Em caso de ferimento causado por animais conhecidos, a recomendação é lavar a ferida com água e sabão, isolar e observar o animal por 10 dias caso apresente algum sinal da doença. No caso de ferimento causado por animais de rua, deve-se lavar bem a ferida da mesma forma e entrar em contato com o DVZ para orientações de como realizar a imunização pós-exposição.





Fontes:



JERICÓ, Márcia Marques; KOGIKA, Márcia Mery; ANDRADE NETO, João Pedro de. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.


https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/raiva_animal/index.php?p=5435


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