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Inseminação Artificial em Suínos: Como Funciona?


Imagem: Marangoni


A inseminação artificial em suínos é um método de reprodução animal que se baseia na introdução do sêmen do macho no sistema reprodutivo da fêmea, por meio de equipamentos, descartando a monta natural.


A técnica confere uma série de vantagens à suinocultura, como o melhoramento genético e a redução de custos com reprodutores.


Como funciona a inseminação artificial em suínos?


O principal objetivo da inseminação artificial é otimizar e maximizar o patrimônio genético dos reprodutores, contornando quaisquer empecilhos como incompatibilidade de tamanhos entre os animais e agressividade.


Cuidados com o macho

O primeiro passo da metodologia é fazer a coleta do sêmen do cachaço. O macho é estimulado (com a urina ou saliva da fêmea que está no cio e pressões no prepúcio) a montar em um manequim de metal e, quando expõe o órgão reprodutor, é possível coletar o ejaculado.

Depois disso, o material é levado para um laboratório para que possa ser analisado (verifica-se qualquer anomalia nos espermatozoides que possam interferir na fertilidade).

O banho-maria e o material para aquecimento servem para evitar o choque térmico ao ejaculado, que sai do macho a uma temperatura de 37 °C. O sêmen deve ser utilizado em até 2 horas após a coleta, fresco (temporariamente refrigerado entre 14 e 17°C por, no máximo, 3 dias) ou, então, ser congelado, podendo ser utilizado por tempo indefinido e transportado por longas distâncias.

Cuidados na execução do procedimento

A inseminação só deve ser realizada em fêmeas que estejam no cio e recebendo o manejo nutricional adequado, bem como apresentem o peso ideal para a cobertura (matrizes que não tenham perdido muito peso na maternidade). Para verificar o cio das matrizes, passe com o cachaço na frente das baias nas horas mais frescas do dia, uma vez pela manhã, outra à tarde (alternando os machos).

Leve o macho até as matrizes para que a inseminação ocorra na presença dele (de preferência nariz com nariz), pois isso estimula a receptividade das fêmeas. Certifique-se, então, de que elas se deixam montar pelo cachaço ou apresentem reflexo positivo de tolerância do homem (RTH).

Uma questão de extrema importância na inseminação artificial de suínos é a higiene na hora do procedimento. Antes de fazê-lo, limpe toda a região genital externa da fêmea (vulva, cauda, ânus e toda parte que estiver suja). O recomendado é fazer uma limpeza a seco, mas caso você precise enxaguá-la e desinfetá-la, seque-a muito bem depois.

Faça uma higienização dos equipamentos, da região genital externa da fêmea e das suas próprias mãos; ainda use luvas descartáveis. Massageie os flancos da fêmea para estimulá-la, homogeneíze a dose de sêmen (que deve estar previamente aquecida a 37 °C) e retire o cateter da embalagem esterilizada. Abra a vulva da matriz e use um lubrificante não-espermicida para introduzir o cateter.


Faça isso de forma firme, mas gradativamente e com gentileza para reduzir o estresse e evitar qualquer dano ao aparelho reprodutor da matriz suína. Depois disso, o frasco contendo o sêmen deve ser acoplado na extremidade do cateter.

A inoculação deve durar de 5 a 10 minutos e é preciso ter cuidado nessa hora. Não faça pressão no frasco, pois isso pode provocar o extravasamento do ejaculado pela vulva. É importante também continuar estimulando a fêmea nos flancos e na região dorsal para facilitar o transporte dos espermatozoides pelo trato reprodutor.

Quando o frasco estiver pela metade, faça um pequeno furo na base para que a entrada de ar facilite o escorrimento do líquido seminal pelo cateter. Espere todo o conteúdo ser introduzido na fêmea e descarte todo o material utilizado no procedimento.



Texto: Helena Martos Romboli


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