A alimentação das aves deve ser adequada, de modo que se garanta uma qualidade de vida aos pets. Isso porque, além de fornecer energia e bem-estar geral, através de uma boa alimentação é possível prevenir e combater doenças, manter o peso corporal saudável e ter um bom desenvolvimento físico.
Nesse sentido, foram levantados alguns pontos fundamentais para àqueles que desejam ou já possuem uma ave como pet, e buscam mantê-las sempre com saúde.
1. Alimentação com uma dieta balanceada
O principal erro cometido por muitos tutores e criadores envolvendo a alimentação de aves é oferecer um único tipo de alimento ao animal, como é o caso das sementes de girassol ou de misturas de sementes.
As sementes são alimentos ricos em gordura, um composto importante para as aves, mas que em excesso acabam causando problemas de saúde, como a obesidade. Além disso, as sementes não possuem todos os nutrientes necessários para as aves!
2. Exemplos de problemas causados pela alimentação inadequada
Abaixo, encontram-se listados problemas que podem ser causados pela alimentação com um único tipo de semente:
Deficiências de vitaminas, cálcio e outros elementos: tais nutrientes são obtidos pela alimentação, mas não se encontram em grandes quantidades nas sementes.
Osteodistrofias: são alterações nos ossos causadas majoritariamente pela ausência de cálcio. Em casos mais graves, pode resultar em retenção de ovos e convulsões;
Dermatopatias nutricionais: irritações na pele e penas;
Lipidose hepática: causadas pelo excesso de ingestão de compostos gordurosos;
Pododermatites: lesão nos pés que pode causar infecção bacteriana no local.
3. A mesma quantidade de alimento que uma ave na natureza consome é adequada para as aves domésticas ?
Nem sempre se basear na alimentação de um animal selvagem é adequado. As aves na natureza precisam de muita energia para procurar alimento e voar. Por isso, caso seja oferecida para uma ave doméstica a mesma quantidade de alimentos que uma ave selvagem normalmente consome, a chance de o pet desenvolver problemas dietéticos é muito maior: a ave doméstica não irá realizar as mesmas atividades da ave selvagem para poder comer a mesma quantidade de calorias.
4. Mercado de rações
Atualmente, já existem diversas rações no mercado de pets que são específicas para as principais espécies de aves domésticas. Elas possuem a quantidade necessária de nutrientes e, por isso, são capazes de garantir uma dieta balanceada aos pets.
Entretanto, é comum que as aves e os próprios tutores tenham dificuldade para se adaptar à nova alimentação, ainda mais porque as sementes são alimentos muito palatáveis para as aves e elas possuem a tendência de escolhê-las por isso.
Para solucionar esse problema, é possível realizar a troca de uma alimentação para a outra lentamente, reduzindo a quantidade de semente e aumentando a de ração com o tempo, até que a ave se acostume com esta. Além disso, para os futuros tutores de aves, procurem já alimentar seu pet desde o início com ração para não ter esse tipo de problema.
5. Alimentos que NÃO devem ser dados
Chocolate;
Algumas sementes de frutas, como de maçã, pera, pêssego e cereja;
Abacate;
Álcool;
Alho e cebola;
Cafeína.
De modo geral, sementes, frutas e legumes podem ser dados, mas de vez em quando.
Portanto, uma vez discutida a importância de alimentar sua ave de modo balanceado e saudável, temos certeza que você vai aderir a essa conduta. Os benefícios para os animais são inegáveis e comprovados, gerando qualidade de vida, bem estar e longevidade, uma combinação perfeita para a relação de pais e filhos que temos com nossos pets.
Caso tenha interesse em saber ainda mais sobre o assunto, confira as fontes mencionadas abaixo. Qualquer dúvida a mais, procure um médico veterinário especializado em aves para te ajudar!
Fonte:
Vetnil, Blog da Petz, Canal do Pet do IG
“NAHUM, Mariana Jungers Calderaro et al. Perigos do consumo monótono de sementes pelas aves: Revisão. Pubvet, Maringá, v. 9, n. 4, p. 189-194, abr. 2015.”
“BAGGIO JÚNIOR, R. e PITA, M.C.G. A importância do cálcio e fósforo na nutrição de psitacídeos e passeriformes – uma revisão. PUBVET, Londrina, V. 7, N. 19, Ed. 242, Art. 1596, Outubro, 2013.”
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