Com a adoção do primeiro animal de estimação, é muito comum surgir a vontade de ir além e adotar outros animais para fazerem companhia, incluindo bichinhos de diferentes espécies. Mas como criar animais tão diferentes respeitando suas preferências e particularidades?
Para começar, é muito importante considerar a posição na cadeia alimentar que estes animais ocupariam na natureza. Uma relação harmoniosa dependerá dos instintos básicos de sobrevivência, e de manter seus limites de território. Assim, o ideal é que predadores não vivam no mesmo espaço que presas, e se for o caso, que eles sejam criados com o mínimo de contato um com o outro.
Existem algumas medidas que podem ser tomadas para protegê-los de possíveis acidentes, e até é possível ensinar o cão ou gato a não atacar os animais vulneráveis. Entretanto, a própria presença de um predador pode causar estresse nesses pets (principalmente naqueles que se assustam mais facilmente, como aves). Por outro lado, animais que ocupam o mesmo patamar na cadeia alimentar, tendem a conviver pacificamente sem maiores dificuldades. Mesmo nesses casos, alguns cuidados são necessários.
Com relação a cães e gatos, apesar de seus comportamentos e temperamentos serem tipicamente diferentes, esses animais compartilham muitas similaridades. Dessa forma, as preocupações não são tão diferentes de como seria se o novo pet introduzido fosse da mesma espécie.
O melhor cenário é quando cão e gato são criados juntos desde filhotes, onde a aceitação é imediata.
Introduzir um gato mais novo em casa tendo um cachorro mais velho também é relativamente tranquilo, uma vez que, como estes animais têm hábitos mais sociais (já que formam matilhas), tendem a aceitar o outro mais facilmente. Já em uma situação contrária, por serem animais de hábitos mais solitários, gatos mais velhos têm mais dificuldade em aceitar o filhote.
Apesar destes comportamentos, é possível facilitar a aceitação entre esses animais, de diferentes idades ou não, mantendo-os separados de início e aproximando-os gradativamente, tentando associar esses primeiros encontros a coisas boas. É importante portante ressaltar que, para evitar brigas por disputas territoriais, é fundamental que ambos tenham seus espaços próprios para dormir, comer e fazer outras necessidades.
Vale lembrar que um médico veterinário pode instruir melhor o tutor dos animais em cada caso, ajudando com a conciliação dos animais e com a administração dos espaços.
REFERÊNCIAS:
Gostei do post, tenho um cachorro de 7 anos e um gatinho filhote que resgatei que hoje em dia são grudados! É muito bacana ver a interação entre os dois
Achei o tema muito importante!